22.1.10

Ontem

decidi que não ia acreditar em mais mentiras
hoje não será o jantar da cabra cega
voltei a beber um copo de vinho tinto ao lanche
um hábito assim deveria ser re pensado
pode-se tornar num novo amor

21.1.10

Ontem

apaguei todas as tuas mensagens
e sem mais alento
deitei-me ás 21h
bebi um copo de vinho tinto ao lanche

20.1.10

vazio

peguei no carro e voei pela cidade
não sei se pela ânsia de fumar um cigarro após outro
ou pela vontade incontrolável de encontrar o teu carro
entretanto
voltei de ombros caídos.
eu tenho monomania

19.1.10

Crónicas da cenoura em crise

A evolução das relações amorosas anda a par da revolução electrónica.
Antigamente as pessoas tinham um único canal de televisão, esta era enorme e pesada e permanecia sempre no mesmo sítio, o rádio riscava os discos enquanto gritava os slows que dançavamos com uma única pessoa. As coisas eram vividas no momento, com a pessoa do momento, sem ligações instantâneas a prazeres alheios.
As traições eram cometidas com amor.
Escreviamos cartas deliberadamente traiçoeiras, caminhavamos até ao marco do correio, sem música nos ouvidos, sem distracções visuais, nas mãos tinhamos apenas a carta e a decisão do nosso acto. Ter uma amante seria nesses tempos uma arte de amar.
Hoje o conceito é ter um telemovel em cada mão, os ouvidos cheios de música, a internet anda atrás de nós, criamos uma conta no facebook, no hi5, no orkut, no gaydar, no hotmail, no gmail, no sapo.pt. É dificil duas pessoas que se amam acompanhar todos estes ciclos, em todo o lado as pessoas fazem marketing para se vender 'como a melhor pessoa', é dificil combater os fantasmas dos outros e os nossos, são muitos fios condutores. É dificil, sabes?
Já ninguém se satisfaz com uma cara metade, este conceito piroso já não existe. Nós para sermos felizes e completos, temos que ter a pessoa que nos sobe o ego no chat y, a pessoa que nos dá beijos no bar w, a pessoa z que usamos para desabafar e para manter estável a nossa caminhada e ainda o sujeito x que nos ocupa os tempos livres, entre mensagens e cafés.
Um típico relacionamento, será:
Enquanto degustas um chã de camomila com a cabra amarela, envias sms's à burra verde prometendo que a amas, que só tens olhos para ela e que não te importas com a vaca vermelha, nunca esquecendo porém de ao mesmo tempo via facebook perguntar à vaca vermelha se namora ou não, porque mais uns beijos no bar dos bois azuis seria agradável.
O jogo está lançado e nunca será assumido, nem pelas mentes mais sábias e orgulhosas, porque dá sempre muito jeito manter o bolso repleto de animais aptos a colocar em linha de jogo.
Vai daí,
sou uma rapariga às antigas.

18.1.10

18 de Janeiro

Este dia tem sabor a Um Ano de nada.

17.1.10

é domingo,


e eu preciso tanto de lavar os dentes.

6.1.10

lies

'se até agora já existiu música da minha vida... foi esta'